quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PROPOSTA DE REDAÇÃO: DISSERTAÇÃO

Combate ao fumo: autoritarismo ou dever do governo?

Foi aprovada, no dia 7 de maio de 2009, pelo governador de São Paulo, uma lei antifumo válida para todo o Estado. A partir de 7 de agosto, está proibido fumar cigarros, cachimbos ou charutos em todos os lugares públicos fechados ou semifechados. Só será possível fumar no próprio carro, dentro de casa ou no meio da rua, desde que não haja tetos, toldos, ou guarda-sóis. Essa lei, aplaudida por muitas entidades e autoridades ligadas à saúde, é também criticada com violência por pessoas que a consideram radical e autoritária, pois tiraria do cidadão boa parte de sua liberdade, que passa a ser vigiada, e o livre-arbítrio para fumar ou não. Como você se posiciona diante dessa questão?

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

Sou a favor do tabagismo

Na verdade, sou a favor do direito ao tabagismo. [...]; claro que os não fumantes têm direito de não respirar a fumaça alheia e manter seus pulmões limpinhos e suas roupas cheirosas[...]. Onde vamos fumar nosso cigarrinho em paz? [...] Fumantes são tratados como anomalias: seres imundos e fedorentos que devem ficar lá fora, longe [...]. Nada de errado em avisar que o fumo faz mal, [...] . Mas tentar proibir as pessoas de fazer o que elas bem entendem é terrível. Dá licença se eu quiser morrer?

[Clarah Averbuch, escritora. Revista da Folha. 17 de maior de 2009]

Fumaça do cigarro: ignorância ou má-fé

Volto à proibição do fumo em ambientes fechados. Incrível como esse tema ainda gera discussões acaloradas. Como é possível considerar a proibição de fumar nos lugares em que outras pessoas respiram uma afronta à liberdade individual? As evidências científicas de que o fumante passivo também fuma são tantas e tão contundentes que os defensores do direito de encher de fumaça restaurantes e demais espaços públicos só podem fazê-lo por duas razões: ignorância ou interesse financeiro. [...] Depois de uma manhã de trabalho num escritório em que várias pessoas fumam, a concentração de nicotina no sangue de um abstêmio pode atingir os níveis de quem tivesse fumado três a cinco cigarros. Empregados de bares e restaurantes que passam seis horas em ambientes carregados de fumaça, chegam a ter concentrações sanguíneas de nicotina equivalentes a de quem fumou cinco ou mais cigarros. [...]

[Drauzio Varella, médico. Folha de S. Paulo, 25 de abril de 2009]

Pobre Cigarro!

Dezoito deputados votaram contra e 69 a favor do projeto.


Fumar ou não fumar eis a questão

O ponto é simples: por que não permitir que um dono de bar ou restaurante coloque uma placa na frente de seu estabelecimento dizendo: "aqui é permitido fumar", ou "fumantes são bem-vindos". Logo, sabendo disso, não só os fumantes, mas seus amigos não-fumantes ou simplesmente aqueles que não trocam a vida pela saúde poderão entrar. [...] Enfim, algo bem singelo que atende pelo nome de liberdade individual. Ah, os coletivistas dirão: mas e a proteção aos funcionários do bar? [...] E o garçom que não fuma? Ele será coagido a aspirar a fumaça dos clientes. Ora, ora. Ninguém é coagido a trabalhar num bar que aceita fumantes. Na verdade, que eu saiba ninguém é coagido a trabalhar em lugar nenhum.

[Aguinaldo Pavão. Jornal de Londrina, 15 de abril de 2009]


Observações:

•Seu texto deve ser escrito no padrão culto da língua portuguesa;
•Não deve estar redigido em forma de poema (versos) ou narração;
•A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
•Não deixe de dar um título a sua redação.

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