quinta-feira, 7 de maio de 2009

A LINGUAGEM DAS HQs

*Toda HQ é, a priori, uma NARRATIVA: contém PERSONAGENS, ESPAÇO, TEMPO, ENREDO e, às vezes, até mesmo um NARRADOR.

*É um veículo de comunicação que junta, simultaneamente, linguagens distintas: a VERBAL (serve de suporte para a história que está sendo contada) e a NÃO-VERBAL (as ilustrações, recursos gráficos todos que, no caso das HQs, são PREDOMINANTES).

*No texto em prosa, alguns elementos podem ficar subentendidos: relação LINHA x ENTRELINHA.

*No texto visual, muitas informações ficam declaradas apenas no plano das IMAGENS e espera-se que o leitor consiga decodificá-las tanto quanto o faz em relação aos elementos VERBAIS - no caso das HQs, informações importantíssimas sobre o enredo, as personagens ou os lugares estão contidas nos elementos visuais.

*HQs são fonte de:

- informação (muitos quadrinhos são criados especificamente para veicular informações, como acontece nas campanhas de saúde, de ecologia e economia de energia elétrica.);

- reflexão (é possível levantar diversos tipos de questionamentos ao nos depararmos com assuntos expostos nas HQs: pelo viés do humor, muitas histórias em quadrinhos nos levam a refletir profundamente sobre coisas que, no nosso dia-a-dia, acabam passando batidas.);

- humor (inquestionável o poder que os quadrinhos têm de veicular grandes sacadas humorísticas);

- criatividade (os cartunistas, além do talento para o desenho, têm de, necessariamente, valer-se de MUITA criatividade para criar as historinhas);

- boas histórias (capazes de nos prender a atenção e o interesse, às vezes, ao longo de muitas páginas ou mesmo várias edições de uma determinada revista.);

- grandes personagens (transitar pelo universo das HQs nos leva a conhecer um número muito grande de personagens carismáticos e, consequentemente, nos IDENTIFICAR COM ELES!);

- entretenimento (não há dúvidas de que, antes de qualquer coisa, quadrinhos são, sempre, uma ótima opção de entretenimento e diversão!).

* Caracterização das personagens: nas HQs, nenhum personagem precisa ser descrito fisicamente (o DESENHO já o faz!); todas as descriçoes VERBAIS que aparecem nas histórias, portanto, se restringem a caracterizações psicológicas.

* Narrativa em sequência: a saga de uma personagem numa HQ pode ser continuada indefinidamente! Essas personagens não têm uma história "finita", a relação que elas têm com o tempo é ANACRÔNICA.


ATIVIDADE:

1) Por que podemos afirmar que HQs pertencem à categoria de textos conhecida como NARRATIVA?

2) Quais são as linguagens com as quais nos deparamos quando realizamos a leitura de histórias em quadrinhos?

3) O que se espera do leitor das HQs em relação à linguagem não-verbal?

4) Quanto à construção das personagens, como podemos analisá-la no universo das HQs? Como nos são apresentadas/descritas as personagens das histórias em quadrinho?

5) O que significa ter uma relação ANACRÔNICA com o tempo? Cite exemplos de personagens que você conhece e que ilustram tal afirmação.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

MAFALDA, QUINO.









Depois de ler as tirinhas acima reproduzidas da personagem Mafalda, do cartunista argentino Quino, responda:

1) Visualmente, o traço de Quino (a forma como ele desenha) nos leva a imaginar que suas tirinhas tratem de assuntos relacionados ao público infantil - tanto a protagonista Mafalda quanto seus amiguinhos são, em verdade, crianças de muito tenra idade. Mas, após realizar a leitura desses quadrinhos, nos fica bastante claro que há, neles, conteúdos que uma criança não conseguiria perceber ou entender o suficiente a ponto de "sacar" as tiradas humorísticas desse desenhista tão aclamado pela crítica. A partir dessas declarações e dessa breve análise dos quadrinhos de Quino, faça uma pesquisa, um levantamento, de outros cartunistas cujas obras apresentem abordagem semelhante à de Quino.

2) Quais tipos de quadrinho você costuma ler com mais frequência? Quais são seus cartunistas preferidos?

3) Qual o personagem de HQs com que você mais se identifica? Redija um pequeno texto em que você exponha os pontos de semelhança que existem entre você e seu herói predileto.

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS


Histórias em quadrinhos podem estimular jovens a ler
Sábado, Fevereiro 07, 2009

Adaptações de obras têm o poder de atrair para temas sérios. Gibis são bem aceitos pelas crianças e atraem com ilustrações.

A Editora Escala Educacional fez adaptações de livros de filosofia e história. Guerra dos Farrapos e a obra de Maquiavel estão entre elas. Até aí nenhuma novidade. O diferencial é que essas versões são em quadrinhos. O objetivo é atrair o público infanto-juvenil que considera esses temas enfadonhos.
Algumas pessoas torcem o nariz para esse tipo de publicação. Tratam como se não fosse literatura. Mas é. Muitos se iniciaram na leitura pelos gibis. Existem aqueles que se tornaram leitores assíduos de literatura considerada culta e que foram, quando crianças, colecionadores de quadrinhos. Hoje, colecionam livros.
Os gibis geralmente são bem aceitos pelas crianças. Eles são adequados para elas do mesmo modo que as histórias ilustradas. A ilustração ajuda a criança pequena a compreender a história, além de o texto ser mais curto e, portanto, mais estimulante e prazeroso.
Um bom modo de começarmos a estimular a leitura é enfatizando o seu lado gostoso. Não há dúvidas de que as adaptações não substituem a obra original. No entanto muitos jovens só terão contato com temas históricos ou filosóficos por elas. Melhor que nada. Quem sabe assim terão curiosidade para ler o original.
Os quadrinhos são uma boa forma de os pais apresentarem o mundo da literatura às crianças. Freqüentar as bancas de revistas, para escolher uma publicação em que pais e filhos possam se divertir juntos é uma opção. Assim como presentear amigos e parentes com edições especiais ou mesmo assinaturas de coleções. Deste modo, os pais mostrarão para os pequenos que a leitura é prazerosa e que tem um espaço na vida deles.
Importante lembrar que os quadrinhos não são destinados apenas ao público infantil. Existem inúmeras publicações dedicadas aos adultos. A própria Turma da Mônica, que encanta a garotada, está crescendo junto com seus leitores e tratando de alguns temas adolescentes. Em um lançamento recente, Mônica e Cebolinha trocam, inclusive, um beijo romântico.

Como escolher um gibi

É claro que, como em todos os ramos da literatura, existem aqueles mais adequados às crianças. Para a escolha de uma história em quadrinhos para os pequenos é preciso a orientação do adulto. Mas sem imposição. Dentre as publicações que os pais acharem adequadas, a criança deve escolher a que mais a agrada.
O melhor é deixar o preconceito de lado. Em vez de ficarmos esperando que nossos filhos leiam os livros considerados cultos, devemos incentivar que leiam publicações de qualidade, que podem, sim, ser em quadrinhos. O importante é que tenham contato com bom material de leitura.
Ainda mais hoje em dia, em que a informação está circulando cada vez mais rápido. E os jovens têm o gosto pela rapidez. Dificilmente algum deles vai ler Maquiavel no original. Talvez a opção pelas histórias ilustradas seja um bom começo para se interessarem por temas mais densos e complexos.

Fonte: Portal G1, 07/12/08 Postada em: 07/02/09

O QUE SÃO QUADRINHOS?


O que são Quadrinhos?

A Arte Sequencial ou Histórias em Quadrinhos nada mais são do que desenhos em sequência que narram uma história, um poema, ou um conto. As populares HQ´s podem ter balões contendo o texto ou podem ser meramente visuais. Além das histórias em quadrinhos serem uma forma de entretenimento, elas podem ter um caráter notoriamente informativo, como vemos acontecer nos quadrinhos criados para campanhas como de prevenção de acidentes de trabalho, de doenças ou informativos de trânsito.

O Começo

As histórias em quadrinhos começaram a a aparecer por volta do século XVIII. Em 1820, na França, vendiam-se as chamadas "canções de cego", tanto em edições populares quanto em edições com luxuosas iconografias. As "imagens de Epinal", contos infantis com vinhetas e legendas, já tendo heróis de capa e espada, datam dessa época. Tinham por propósito dar ao povo a chance de transferir-se para a vida romanceada de seus ídolos. E, nos EUA, em 1822, a imprensa transformou-se por causa do surgimento da litografia e, em 1823, em Boston, um almanaque publicado pro Charles Ellms traz, pela primeira vez, entre passatempos e anedotas, algumas histórias cômicas até que, em 1846, aparece em Nova Iorque a primeira revista exclusivamente com essas histórias chamada Yankee Doodle.
Enquanto isto, os europeus liam os Rebus (histórias de conteúdo social) e os japoneses contavam com as histórias da dinastia Meigi ilustrada em quadrinhos.
Um dos pioneiros dos quadrinhos é Rudolf Töpffer, artista e escritor suiço, com o sr Vieux-Bois, em 1827. Outros nomes importantes e pioneiros: Henrique Fleiuss, 1861, com Dr. Semana e Wilhelm Busch, 1865, com Max e Moritz, garotos travessos - publicados no Brasil como Juca e Chico na tradução de Olavo Bilac.

Por volta de 1865-1900 surgiram, nas tiras de jornais dominicais dos Estados Unidos, os primeiros personagens de HQs. Um dos primeiros personagens que obteve sucesso foi o Yellow Kid, de Richard Outcault, publicado em 1896 no jornal New York Sunday World. Anos depois, Rudolph Dirks começava a produzir Katzenjammer Kids, um dos primeiros títulos que usava as características dos quadrinhos como os conhecemos hoje: o emprego de balões, elenco permanente e a história, que era contada em quadros.
O Japão e a Europa se mostraram terrenos férteis para material de HQs e surgiram muitos cartunistas célebres no início do Século XX. A revolução estética ficou a cargo de Little Nemo in the Slumberland, lançado em 1905 por Winsor McCay, que usava pela primeira vez a perspectiva em seus desenhos.
Uma das primeiras hq´s dirigida para um público mais adulto foi produzida por George Herriman que lançou Krazy Kat, a história de um mundo poético, surreal e cômico estrelado por personagens na forma de animais.Essa foi a primeira tirinha para o público adulto e logo depois surgiram personagens clássicos como o Gato Félix, de Pat Sullivan, e surgia também Mickey Mouse, de Walt Disney.
Em 1930, Hergé cria Tintin. E que anos depois virou uma série de desenho animado. No ano seguinte surgiram Betty Boop, de Max Fleischer e Tarzan, de Harold Foster. Buck Rogers e Popeye, criado por Elzie Crisler Segar, todos em 1931.
Nos anos 30 foram criados personagens cujas histórias giravam em torno de aventuras como Flash Gordon de Alex Raymond, Jim das Selvas e o agente secreto X-9. Dick Tracy, produzida por Chester Gould, também fazia sucesso. Também foram criados neste período o Fantasma e o Mandrake, ambos de Lee Falk. Com o sucesso que essas histórias de aventura faziam, logo foram criadas as primeiras revistas em quadrinhos.
As primeiras foram as japonesas, na década de 20. Em 1933, surgia nos Estados Unidos a primeira revista americana de histórias em quadrinhos, a Funnies on Parade. Depois vieram a Famous Funnies, Tip Top Comics, King Comics, Action Comics e Detective Comics. Estes dois últimos títulos foram as responsáveis pelo lançamento do Super Homem e Batman, respectivamente. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, muitos personagens passaram a se envolver em tramas de guerra e violência e novos personagens como o Capitão Marvel, Tocha Humana, Namor surgiram no mercado das HQs . A Marvel Comics criou, sob a supervisão de Stan Lee e Jack Kirby, o Capitão América, um super-herói baseado nas cores da bandeira dos Estados Unidos e que lutava contra os opressores da democracia e da justiça. Ainda nessa época foi lançada a revista Mad (uma revista de humor que satirizava personagens e políticos, principalmente) e nascia também, o personagem The Spirit, de Will Eisner.

O JOVEM E SUA GERAÇÃO


Pesquisa mostra como o jovem define sua geração

Vaidosa, consumista, acomodada, individualista e menos preconceituosa. Essas foram as palavras escolhidas pelos jovens para definir sua geração, em recente pesquisa encomendada e divulgada pela MTV. O Dossiê Universo Jovem 3 entrevistou 2.359 adolescentes, de 15 a 30 anos, das classes A, B e C das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Porto Alegre. “A intenção, mais uma vez, não é fotografar o momento, é captar o tempo; não é catalogar tribos, mas entender como e em que direção está caminhando a diversidade; não é fotografar o cenário, mas entender que fatos do contexto impulsionaram mudanças” – diz o dossiê. O trabalho revela como anda a relação dos jovens com o sexo, drogas, beleza e tecnologia da comunicação.
O estudo mostra que a juventude virou valor máximo, ‘obsessivamente preservado por quem naturalmente a tem e arduamente perseguido por quem está biologicamente distanciando-se dela’. Ao mesmo tempo mostra que o individualismo floresce e que cada vez mais se manifesta nos relacionamentos afetivos.
Já as ferramentas e as possibilidades trazidas pelas tecnologias, assim como o consentimento familiar e social para novos comportamentos em relação ao outro e a si mesmo, trouxeram diferentes formas de viver, de comunicar-se e um novo tempo para vivê-las. “A comunicação intensificou-se e ganhou nova roupagem. A internet, que em 1999 era ainda uma promessa de alterações no comportamento, realmente mudou muita coisa. Já é acessada pela maioria da amostra, e tornou cotidiana a comunicação através da rede” – afirma o levantamento.
Desde a elaboração do primeiro dossiê, em 1999, a coordenação de pesquisa mapeou e classificou seis perfis de jovens. “São perfis que resultam das respostas dadas ao questionário. São agrupamentos que correspondem ao padrão de pensamento e comportamento”.

São eles:

Perfil 1/Antenas do tempo - valoriza o fato de ser jovem num tempo de liberdade e tecnologia;

Perfil 2/ Novas posturas - reúne novos discursos e um grupo voltado para práticas de participação social. Grupo que mantém seu discurso afastado de marcas famosas, códigos de moda e valorização da beleza física;

Perfil 3/ Sonhando com as alturas e lutando nas bases - congrega adolescentes que não podem dispor de tempo e dinheiro para aproveitar a juventude. Grupo que percebe a tecnologia como um inimigo em potencial;

Perfil 4/Vivendo intensamente - engloba jovens que querem aproveitar ao máximo a juventude e adiar as responsabilidades;

Perfil 5/Arranhados pela vida - jovens que gostariam de ter mais diversão, dinheiro e liberdade. Grupo descrente e pessimista;

Perfil 6/ Solidário - reúne os jovens que mais participam de movimentos comunitários e que apontam a falta de solidariedade como o principal problema no mundo.

Veja abaixo alguns destaques do dossiê.

Família

Os jovens externam a percepção de que os pais estão ausentes e alguns já sinalizam que as coisas poderiam melhorar na estrutura familiar, a partir do momento em que os papéis fossem devidamente assumidos por eles e pelos pais. Os adolescentes se queixam de uma liberdade excessiva e do pouco tempo de convivência com seus responsáveis.

- 50% dizem que se dão bem com a família, mas afirmam que cada um está de um lado, cuidando da sua própria vida.

Comunicação

A comunicação entre os jovens definitivamente ganhou novas linguagens e canais alternativos específicos. Hoje é possível selecionar e usar o canal perfeito de acordo com o que se quer dizer, como se quer dizer, para quem se quer dizer e em que tempo se quer dizer. A tecnologia abriu espaços e comunicar-se ficou muito mais fácil, seguro e rápido. A comunicação ganhou flexibilidade e freqüência. Além dos celulares, a internet foi forte fator de mudança no cenário da comunicação entre jovens.
Jogar videogame, baixar música/ringtones, baixar protetor de tela, enviar ou receber e-mail e acessar à internet já são hábitos expressivos, que crescem quanto menor a idade. Já as mensagens de texto via celular são predominantemente utilizadas quando há pressa, quando há muita objetividade, quando não se quer gastar dinheiro, quando não se quer propriamente conversar, mas fazer uma graça, se fazer presente, dizer algo que não pode ser visto ou ouvido por mais ninguém. Também são usadas quando não se quer ser pego de surpresa com uma resposta inesperada ou quando não se tem coragem de dizer a mensagem pessoalmente.

- 51% dizem que a internet mudou para melhor a forma de se relacionar com os amigos
- 51% confessam que ficam mais à vontade de dizer determinadas coisas pela internet
- 50% afirmam que se relacionam com algumas pessoas apenas pela internet
- 48% reconhecem que já mentiram na internet
- 39% acreditam que passaram a falar mais com os amigos depois da internet
- 84% enviam e recebem e-mails habitualmente
- 71% possuem celular
- 72% já trocaram de aparelho de celular
- 41% já trocaram de duas a três vezes de aparelho de celular
- 96% utilizam o celular essencialmente para fazer ligações
- 79% fazem uso do celular para enviar mensagens de texto

Beleza

Os jovens acreditam que beleza é fundamental. Para eles, beleza não é questão de sorte, é questão de empenho e conquista. Segundo eles, todos têm direito a lutar por ela. Estar bonita não significa não poder ficar mais bonita. A vaidade, que de acordo com o dicionário Aurélio, pode significar coisa fútil, insignificante é, no dicionário dos jovens, algo importante a ser preservado e sinalizador de modernidade.

- 60% acreditam que pessoas mais bonitas têm mais oportunidades na vida
- 80% estão satisfeitos com sua aparência
- 55% consideram aceitável que uma pessoa jovem faça plástica ou lipoaspiração
- 45% concordam que a lipoaspiração é um ótimo recurso para eliminar gorduras localizadas
- 8% declaram que prefeririam ser 25% menos inteligente se pudessem ser 25% mais bonitos
- 7% afirmaram que provavelmente abririam mão de 25% de inteligência por 25% de beleza
- 77% concordam que é muito bom que os homens estejam preocupados com a beleza
- 75% acreditam que os homens que cuidam mais da beleza fazem mais sucesso com as mulheres
- 31% dizem tentar sempre ou quase sempre comer comidas que tenham poucas calorias

Drogas


O mundo das drogas não pode mais ser tratado como um universo compacto e uniforme. De um modo geral, o consumo de bebidas cresceu. Há drogas e drogas: as legais e as ilegais, as pesadas e as mais leves, as da moda e as tradicionais, as percebidas como de maior e menor risco. Há usuários e usuários: tem até pais de família, pessoas responsáveis que fazem uso e trabalham, assim como há quem experimenta de tudo, sem muito critério, e aqueles que estão se acabando, no fundo do poço, e depende da idade, da personalidade, da estrutura familiar. Há traficantes e traficantes: há amigos que vendem. Há traficantes que estão ficando amigos e amigos que estão ficando traficantes. O jovem existe ora em um mundo ora em outro. Admite que alimenta o tráfico quando consome, mas não o faz pensando nisso e não quer que ninguém lhe provoque esse tipo de raciocínio.

- 53% declararam já ter fumado cigarro, porém mais da metade já parou
- 53% concordam com a frase ‘não tolero que fumem cigarro perto de mim’
- 13% disseram que nunca beberam
- 85% acham que os jovens estão realmente exagerando no consumo de bebida alcoólica
- 55% bebem habitualmente cerveja/chopp
- 94% dizem que as drogas hoje estão fáceis, próximas e o consumo praticamente não é reprimido
- 36% afirmam que a droga ainda é o maior problema apontado pelos jovens
- 74% acreditam que poucos jovens chegarão aos 30 anos sem ter pelo menos experimentado algum tipo de droga ilegal
- 33% concordam que é possível o consumo responsável de drogas ilegais
- 71% posiciona-se contra a legalização da maconha
- 33% concordam com a frase ‘o tráfico tem um papel social e econômico na comunidade’
- 69% dizem que tem mais medo do que confiança na polícia

Sexualidade

A informação e a possibilidade de experimentação nunca estiveram tão presentes na vida do jovem em sua dimensão de sexualidade. Estamos diante de um cenário onde cada vez mais menos amarras sociais e familiares impedem o jovem de passar da teoria à prática.
Vive-se a relação aberta do ‘ficar’, sem vínculos emocionais assumidos. Se antes eram os garotos que procuravam as garotas, hoje a mulher imita e responde competitivamente ao comportamento masculino. A questão da homossexualidade ganhou espaço. E, embora ainda seja alvo de preconceito, está sendo mais tolerada.

- 76% já beijaram na boca de uma pessoa que conheceram no mesmo dia
- 53% já ficaram com mais de uma pessoa na mesma noite
- 11% já afirmaram ter beijado na boca de uma pessoa do mesmo sexo
- 69% concordam com a afirmação ‘dois homens se beijando na boca significa que eles são homossexuais’
- 48% concordam com a afirmação ‘duas mulheres se beijando na boca significa que elas são homossexuais’
- 40% se incomodam quando presenciam dois homens se beijando
- 31% se incomodam quando presenciam duas mulheres se beijando
- 83% já perderam a virgindade
- 22% perderam a virgindade até os 14 anos.

Fonte: Folha de São Paulo Online
Dossiê universo jovem 3 (23/05/2005)

ATIVIDADE:

Como você pôde ver, esse texto faz um relato sobre os resultados obtidos a partir da pesquisa encomendada pela MTV em 2005, comentando-os e analisando-os a partir de tópicos relevantes. Essa reportagem também menciona 6 diferentes perfis de jovens de acordo com as respostas dadas às perguntas do questionário aplicado a eles. Releia as opiniões, os dados estatísticos e as definições de cada um dos perfis traçados. Após fazer isso, construa um TEXTO OPINATIVO (ou seja, um texto em que você declaradamente expresse sua OPINIÃO) dizendo em qual dos seis perfis você se enquadraria e manifestando suas convicções acerca de todos os principais assuntos contidos na reportagem: família, comunicação, beleza, drogas e sexualidade.

PESQUISA DA MTV SOBRE OS JOVENS


O Jovem dos dias atuais

Conheça melhor o perfil e o comportamento de nossos jovens de acordo com pesquisa realizada pela MTV e publicada pela revista VEJA de 11 de maio de 2005.

Palavras escolhidas pelos jovens para definir a sua geração:

1º Vaidosa/preocupada com a aparência;
2º Consumista - gastam mais do que devem com coisas supérfluas;
3º Acomodada - não gostam de trabalhar duro;
4º Individualista - dificuldade para trabalhar em grupo harmonicamente;
5º Aberta, menos preconceituosa;
6º Com pressa, impaciente, no ritmo da modernidade;
7º Independente;
8º Responsável;
9º Sem medo de errar, ousada;
10º Bem informada;
11º Estressada, sobrecarregada;
12º Alienada, fora da realidade;
13º Tecnológica;
14º Consciente;
15º Sem conteúdo;
16º Menos estressada que os pais.

O principal problema do jovem brasileiro na opinião da moçada:

1º Drogas;
2º Referências à formação educacional;
3º Desenvolvimento profissional;
4º Falta de perspectiva;
5º Violência;
6º Família.

Vida em família:

55% dos jovens concordam (total ou parcialmente) que não é bom que os pais assumam comportamento e atitudes iguais aos dos filhos, como freqüentar a mesma balada, mesmos shows, usar o mesmo tipo de roupa;
77% consideram "muito importante" a união familiar (em 1999 eram 84%);
76% disseram que têm intenção de "repetir com os filhos a mesma educação que receberam de seus pais" (em 1999 83% tinham esta opinião);
35% dos jovens vivem com o pai e a mãe;
23% moram apenas com a mãe;
23% vivem com o cônjuge, namorado (a) ou companheiro (a);
5% moram apenas com o pai;
5% vivem com avós/tios (sem mãe ou pai);
4% vivem sozinhos;
4% vivem só com irmãos;
2% vivem com amigos.