O que são Quadrinhos?
A Arte Sequencial ou Histórias em Quadrinhos nada mais são do que desenhos em sequência que narram uma história, um poema, ou um conto. As populares HQ´s podem ter balões contendo o texto ou podem ser meramente visuais. Além das histórias em quadrinhos serem uma forma de entretenimento, elas podem ter um caráter notoriamente informativo, como vemos acontecer nos quadrinhos criados para campanhas como de prevenção de acidentes de trabalho, de doenças ou informativos de trânsito.
O Começo
As histórias em quadrinhos começaram a a aparecer por volta do século XVIII. Em 1820, na França, vendiam-se as chamadas "canções de cego", tanto em edições populares quanto em edições com luxuosas iconografias. As "imagens de Epinal", contos infantis com vinhetas e legendas, já tendo heróis de capa e espada, datam dessa época. Tinham por propósito dar ao povo a chance de transferir-se para a vida romanceada de seus ídolos. E, nos EUA, em 1822, a imprensa transformou-se por causa do surgimento da litografia e, em 1823, em Boston, um almanaque publicado pro Charles Ellms traz, pela primeira vez, entre passatempos e anedotas, algumas histórias cômicas até que, em 1846, aparece em Nova Iorque a primeira revista exclusivamente com essas histórias chamada Yankee Doodle.
Enquanto isto, os europeus liam os Rebus (histórias de conteúdo social) e os japoneses contavam com as histórias da dinastia Meigi ilustrada em quadrinhos.
Um dos pioneiros dos quadrinhos é Rudolf Töpffer, artista e escritor suiço, com o sr Vieux-Bois, em 1827. Outros nomes importantes e pioneiros: Henrique Fleiuss, 1861, com Dr. Semana e Wilhelm Busch, 1865, com Max e Moritz, garotos travessos - publicados no Brasil como Juca e Chico na tradução de Olavo Bilac.
Por volta de 1865-1900 surgiram, nas tiras de jornais dominicais dos Estados Unidos, os primeiros personagens de HQs. Um dos primeiros personagens que obteve sucesso foi o Yellow Kid, de Richard Outcault, publicado em 1896 no jornal New York Sunday World. Anos depois, Rudolph Dirks começava a produzir Katzenjammer Kids, um dos primeiros títulos que usava as características dos quadrinhos como os conhecemos hoje: o emprego de balões, elenco permanente e a história, que era contada em quadros.
O Japão e a Europa se mostraram terrenos férteis para material de HQs e surgiram muitos cartunistas célebres no início do Século XX. A revolução estética ficou a cargo de Little Nemo in the Slumberland, lançado em 1905 por Winsor McCay, que usava pela primeira vez a perspectiva em seus desenhos.
Uma das primeiras hq´s dirigida para um público mais adulto foi produzida por George Herriman que lançou Krazy Kat, a história de um mundo poético, surreal e cômico estrelado por personagens na forma de animais.Essa foi a primeira tirinha para o público adulto e logo depois surgiram personagens clássicos como o Gato Félix, de Pat Sullivan, e surgia também Mickey Mouse, de Walt Disney.
Em 1930, Hergé cria Tintin. E que anos depois virou uma série de desenho animado. No ano seguinte surgiram Betty Boop, de Max Fleischer e Tarzan, de Harold Foster. Buck Rogers e Popeye, criado por Elzie Crisler Segar, todos em 1931.
Nos anos 30 foram criados personagens cujas histórias giravam em torno de aventuras como Flash Gordon de Alex Raymond, Jim das Selvas e o agente secreto X-9. Dick Tracy, produzida por Chester Gould, também fazia sucesso. Também foram criados neste período o Fantasma e o Mandrake, ambos de Lee Falk. Com o sucesso que essas histórias de aventura faziam, logo foram criadas as primeiras revistas em quadrinhos.
As primeiras foram as japonesas, na década de 20. Em 1933, surgia nos Estados Unidos a primeira revista americana de histórias em quadrinhos, a Funnies on Parade. Depois vieram a Famous Funnies, Tip Top Comics, King Comics, Action Comics e Detective Comics. Estes dois últimos títulos foram as responsáveis pelo lançamento do Super Homem e Batman, respectivamente. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, muitos personagens passaram a se envolver em tramas de guerra e violência e novos personagens como o Capitão Marvel, Tocha Humana, Namor surgiram no mercado das HQs . A Marvel Comics criou, sob a supervisão de Stan Lee e Jack Kirby, o Capitão América, um super-herói baseado nas cores da bandeira dos Estados Unidos e que lutava contra os opressores da democracia e da justiça. Ainda nessa época foi lançada a revista Mad (uma revista de humor que satirizava personagens e políticos, principalmente) e nascia também, o personagem The Spirit, de Will Eisner.
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